sexta-feira, 20 de junho de 2014

COPA DO MUNDO 2014 - A Endocrinologia de chuteiras


 COPA DO MUNDO - Um dos maiores desafios da Medicina do Esporte é o combate ao doping, que é o uso indevido de substâncias para aumentar o desempenho dos atletas. A Endocrinologia tem muito a contribuir neste campo, pois grande parte dessas substâncias são hormônios, destacando-se os anabolizantes esteróides (hormônios sexuais masculinos) e o hormônio de crescimento. Muitos atletas driblam os testes antidoping usando hormônios semelhantes aos produzidos naturalmente pelo organismo. Um instrumento que tem auxiliado o combate ao doping é o "passaporte biológico", uma espécie de identidade bioquímica dos atletas. 



"Nesta Copa do Mundo de 2014 no Brasil, será utilizado, pela primeira vez, o sistema de testagem anti-doping conhecido como “passaporte biológico”. Tal estratégia consiste na coleta de 3 a 4 amostras de urina e sangue dos atletas ao longo de alguns meses a anos a fim de construir uma espécie de perfil do praticante. Com isso é possível a detecção de desvios em relação a média daquela pessoa e consequentemente um maior número de diagnósticos. Muitas vezes uma elevação na concentração de determinado metabólito, estando o mesmo ainda dentro da faixa de referência, já indica o uso de substância ilícita.'

'Esta metodologia certamente representa um avanço no sentido de se evitar que competidores levem vantagem em relação aos outros através do uso de ferramenta proibida. No entanto, devemos sempre lembrar que o doping, de maneira geral, anda sempre alguns passos a frente do anti-doping. Nesse sentido o trabalho de educação junto dos jogadores e treinadores tem um papel muito importante, já que quando a pessoa entende que o doping traz prejuízo não apenas a imagem do atleta e da modalidade em questão, mas também a sua própria saúde, as chances de que ocorra reduzem. Em especial quando este trabalho é feito desde cedo dentro da vida do atleta, já que muitas vezes a exposição aos chamados PEDs (Performance Enhancing Drugs) se dá ainda na adolescência.'

'Já, desde a EuroCOPA de 2012, a coleta das amostras para fins de elaboração deste perfil biológico vem sendo feita. Além disso, antes mesmo do início desta Copa do Mundo, todos os jogadores inscritos também forneceram amostras permitindo que esta técnica já esteja em uso.'

'Outro ponto interessante e, até certo ponto curioso, diz respeito ao laboratório que fará a análise das amostras. Trata-se de um laboratório na cidade de Lausanne, na Suiça, distante das cidades cede cerca de 20 horas. A referida instituição foi escolhida depois do descredenciamento da única instituição brasileira capacitada para a tarefa no ano passado e também por conta de ser justamente a cede destes perfis que vem sendo montados dos atletas. Esta unidade de analises clínicas vai funcionar 7 dias por semana 24 horas por dia a fim de entregar os resultados dos testes sempre antes do próximo jogo de cada seleção.'

'O passaporte biológico já foi utilizado na Copa das Confederações do ano passado, mas os resultados ainda não são de conhecimento público. Nós da Comissão Temporária para o Estudo da Endocrinologia, Exercício e Esporte (CTEEE) reforçamos que nosso trabalho gira em torno, basicamente, de ações de educação médica continuada, a fim de capacitar os endocrinologistas a militar nesta área. Sempre de forma ética e nunca indicando anabolizantes para nossos pacientes.'

'Torceremos para que nenhum caso de doping ocorra na nossa Copa!"

terça-feira, 10 de junho de 2014

Durma bem - e previna o diabetes!

SONO - Sacrificar o sono tem consequências mais sérias do que se pensa. Essa pausa é necessária para a manutenção de funções mentais, incluindo a memória e as emoções, e para a regulação dos hormônios e de todos os sistemas orgânicos, principalmente o sistema cardiovascular. 
Diversos distúrbios do sono aumentam a chance de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, incluindo infarto. Entre os distúrbios do sono mais comuns, ligados a estes riscos, destacam-se dormir pouco (< 7 horas por dia), o trabalho noturno e a apnéia do sono (interrupções repetidas da respiração enquanto se dorme).
Um estudo recente confirma uma forte associação entre a apnéia do sono e o diabetes. Leia abaixo, nesta matéria da Revista Veja.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-relaciona-apneia-do-sono-a-diabetes

Diabetes

Estudo relaciona apneia do sono a diabetes

Maior pesquisa a analisar a relação entre a interrupção da respiração durante o sono e o diabetes mostrou que pessoas com apneia severa têm 30% mais riscos de ter a doença

A descoberta da relação entre as duas doenças pode incentivar a prevenção precoce

A descoberta da relação entre as duas doenças pode incentivar a prevenção precoce (Thinkstock)

Quem tem apneia do sono tem mais chances de desenvolver diabetes — e quanto mais severas as interrupções da respiração durante a noite, maior a chance de desenvolver a doença. A conclusão é de um estudo feito por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, e publicado nesta sexta-feira no periódico American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

A pesquisa é a maior a reunir dados relacionando a apneia do sono a diabetes, confirmando evidências de estudos anteriores e menores. Os cientistas analisaram dados de 8 678 adultos com suspeita de apneia do sono e sem diabetes entre 1994 e 2010 e acompanharam esses pacientes até maio de 2011. Nesse período, 11,7% deles desenvolveram diabetes. Os que tinham apneia severa apresentavam 30% mais riscos de desenvolver a doença, enquanto aqueles com interrupções classificadas como leves ou moderadas tinham 23% mais probabilidade de ter o diabetes.

Leia também:
Novos estudos ligam apneia do sono à asma e ao Alzheimer
Apneia do sono ajuda a propagar tumores e aumenta o risco de morte por câncer

Outros fatores de riscos para diabetes, além do número de paradas totais e parciais de respiração, também foram levados em conta, como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC) insônia, tabagismo ou elevação da frequência cardíaca durante o sono.

"Depois de ajustar causas potenciais, conseguimos demonstrar uma associação significativa entre apneia do sono severa e o risco do diabetes", afirma Tetyana Kendzerska, principal autora do estudo. "A relação da apneia do sono com o aumento do risco de diabetes que encontramos em nosso estudo pode permitir a prevenção precoce".

domingo, 8 de junho de 2014

Dia Mundial do Meio Ambiente e a saúde cardiovascular

Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de maio) - Poluentes como o ozônio e partículas em suspensão no ar e até mudanças climáticas aumentam o risco não só de doenças pulmonares, mas também cardiovasculares.

A poluição do ar mata mais de 2 milhões de pessoas por ano. A mortalidade prematura associada à má qualidade do ar tende a se tornar o maior desafio ambiental do mundo, até mesmo superior ao de água e saneamento.

O trânsito mata - do coração
Os principais responsáveis por essas emissões são a indústria e o trânsito. Diversos estudos mostram que a tanto a poluição do ar como a poluição sonora e o estresse causados pelo trânsito favorecem a ocorrência de doenças cardiovasculares.

Leia, a seguir, uma perspectiva nacional do impacto do trânsito na saúde cardiovascular, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Congestionamentos aumentam poluição que mata sete mil pessoas em São Paulo por ano

Coordenador do laboratório da USP diz que o maior problema são infartos e AVC induzidos pela má qualidade do ar

Da década de 1990 até 2006, a poluição foi cedendo em São Paulo, principalmente porque o material particulado (poeira) das fábricas se reduziu, mas, a partir de então, o aumento dos congestionamentos e o crescimento da frota de veículos fez que a poluição veicular fosse se agravando. Ela chegou a tal ponto que hoje sete mil pessoas morrem a cada ano em decorrência de doenças desencadeadas pela poluição, na Região Metropolitana, enquanto a cidade de São Paulo, sozinha, perde quatro mil vidas.

A informação é do professor de Patologia da USP e coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Ambiental Paulo Saldiva. Ele conta que as dificuldades de trânsito e o aumento do preço dos imóveis “desindustrializaram” a cidade, com a transferência de milhares de fábricas para cidades próximas, o que melhorou a qualidade do ar.

Igualmente, a obrigatoriedade da venda de combustível com menos enxofre e a melhoria da qualidade dos catalizadores foram fatores positivos. Mas essas boas notícias foram ultrapassadas pelo efeito nefasto do aumento da frota e dos congestionamentos que fazem que cada veículo fique de motor ligado pelo menos mais uma hora por dia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comprovou que um em cinco casos de doença cardiovascular tem como causa a poluição de ar. A USP confirmou em testes com taxistas e agentes de trânsito que o fato de trabalharem na rua aumenta a pressão arterial e torna o sangue mais coagulável, o que leva ao incremento do risco de um problema vascular.

O que se pode fazer

Os cientistas dizem que a únicas medidas efetivamente eficientes para reduzir a poluição do ar seriam melhorar o transporte coletivo de baixa emissão e dificultar o uso do veículo individual. Como essas medidas são altamente impopulares, Saldiva acredita que ainda vai demorar para serem adotadas.

O que é possível fazer por enquanto é melhorar a alimentação como mecanismo de proteção:

• Aumentar a ingestão de frutas, verduras e legumes.
• Quando no automóvel, manter vidros fechados e ar condicionado ligado.
• Privilegiar o trabalho em casa, em vez de ir à fábrica ou ao escritório.

O Dia Mundial do Meio Ambiente está aí, 5 de junho, um bom motivo para mudança de hábitos. Conheça a seguir quais são os impactos da poluição no coração:

Os quatro efeitos 
O professor Saldiva lista os efeitos nocivos da poluição:

1. A exposição ao ar de São Paulo ao longo do dia (nas ruas) aumenta a pressão diastólica em 15 mm de mercúrio. Não é muito problema para quem tem 12 x 8, mas o risco dos hipertensos aumenta muito.

2. De forma subclínica, os fatores de coagulação se exacerbam, aumentando o risco de uma trombose ou de um AVC.

3. A poluição é arritmogênica; quem tem marca-passo, desfibrilador implantado ou tendência a arritmia pode ter uma crise de arritmia em decorrência da estimulação dos receptores vagais no pulmão.

4. A poluição do ar reduz a capacidade de vasodilatação, isto é, quando o organismo tenta aumentar o diâmetro dos vasos sanguíneos a reação não é tão eficaz como em uma pessoa que respira ar puro.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Cigarro eletrônico - Parte 2: "anatomia de um novo vício"

Extraído de matéria da Revista ÉPOCA (05 de maio de 2014).

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Cigarro eletrônico - Parte 1: "o que eles vendem como liberdade, na verdade é prisão!"


ociedade Brasileira de Cardiologia


Texto de Márcio Gonçalves de Sousa, coordenador do Comitê de Controle do Tabagismo da Sociedade Brasileira de Cardiologia - extraído do encarte do Jornal da SBC 141 (Abril de 2014).

Atualmente fumar tem sido segregado de nossa sociedade com base na confirmação de estudos que revelam a forte ligação do cigarro com inúmeras doenças, como infarto, derrames, vários tipos de cânceres e até o diabetes. A indústria do cigarro escondeu desde o início que sabia que o produto gerava dependência e se omitiu em revelar tais achados.
Agora tem procurado outros artifícios para recrutar novos fumantes como peças de reposição, pois sabemos que metade irá morrer em consequência do tabagismo. Uma das alternativas é o cigarro eletrônico. É muito bonito e elegante, idealizado justamente para seduzir e iniciar a dependência em jovens e adolescentes. O aparelho funciona à bateria e pode ser carregado em tomadas ou até mesmo em computadores e tablets via USB. Tudo muito moderno e chamativo.

O cigarro eletrônico simula o cigarro comum, gera fumaça quando se traga, um vapor de água é produzido e um cartucho interno libera a nicotina. Estudos têm mostrado a presença de metais pesados nos aparelhos, como estanho e sílica, além de substâncias tóxicas encontradas em líquidos anticongelamento. Assim, não existem estudos de segurança que permitam o seu uso. O fumante estará inalando novas substâncias que não sabemos ser mais aceleradoras de outros tipos de cânceres. 

As campanhas atuais dos eletrônicos vendem a imagem de liberdade, pois com as leis de restrição ao consumo do cigarro comum em ambientes fechados, a proposta agora é a migração para o eletrônico. 

A Anvisa proibiu sua comercialização e no Brasil é considerado contrabando. Devemos entender que ele NÃO é recomendado para tratamento de tabagismo, ou seja, utilizá-lo não significa que o fumante trocará o cigarro comum e, após, suspenderá o tabagismo. Não temos grandes estudos que comprovem isso. 

O que a indústria do tabaco quer é que o cigarro eletrônico entre no mercado como iniciação de novos clientes. Eles usam o marketing poderoso pela visão da liberdade, fumando em aviões, bares e boates, como meio de torná-los dependentes e, finalmente, presos a uma doença de difícil tratamento. 

Obesidade sem fronteiras

O aumento da obesidade é fenômeno bem conhecido nas últimas décadas, que avança principalmente em países pobres e em desenvolvimento. Apesar do ritmo de expansão da obesidade ter diminuído nos países desenvolvidos (e em alguns em desenvolvimento, como o Brasil), o avanço entre as crianças é alarmante.
Um estudo recente mostra que "a obesidade é um problema que atinge todo mundo, não importando qual é sua renda ou o lugar onde se vive", resume Christopher Murray, diretor do Instituto de Avaliação da Saúde da Universidade de Washington, que analisou dados sobre 188 países.  

Por muito tempo relegada aos países desenvolvidos, a epidemia de obesidade já atinge 2,1 bilhões de pessoas, quase 30% da população mundial - dos quais 62% estão nos países em desenvolvimento, segundo um estudo publicado na ultima semana (29/5).


Entre 1980 e 2013, a porcentagem de pessoas com sobrepeso ou obesidade passou de 28,8% para 36,9% nos homens e de 29,8% para 38% nas mulheres, segundo o estudo publicado na revista britânica The Lancet.

Prevalência de obesidade em homens a partir de 20 anos (2013)




Prevalência de obesidade em mulheres a partir de 20 anos (2013)


Mas o fenômeno ainda está longe de atingir os países da mesma forma: os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália são os campeões de obesidade entre as nações mais ricas do mundo: mais de 60% de seus habitantes maiores de 20 anos são obesos ou têm sobrepeso.


Nos países em desenvolvimento, se a obesidade continua uma condição excepcional em alguns países da África como Burkina Faso ou Chade, outras nações do Oriente Médio, América Latina ou Oceania já ultrapassaram os países ocidentais.

- Obesidade infantil em crescimento -


Não somente há mais pessoas em sobrepeso, como essa condição aparece cada vez mais cedo. Entre 1980 e 2013, o número de crianças ou adolescentes obesos ou em sobrepeso no mundo aumentou 50%.


A condição atinge atualmente 22% das meninas e 24% dos meninos nos países desenvolvidos, e cerca de 13% das crianças dos dois sexos nos países em desenvolvimento.


Veja o artigo original na Revista The Lancet.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Dia Internacional da Tireóide - 25 de maio

Folhetos para Público
Confira a campanha do Dia Internacional da Tireoide em 2014,  com orientações sobre a prevenção e o tratamento das doenças tireoidianas: 
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- Folhetos informativos e matérias nos sites da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e do Departamento de Tireoide da SBEM, destacando as seguintes:

Veja também o vídeo sobre o Dia Internacional da Tireoidecom a Presidente do Departamento de Tireoide, Dra. Carmem Cabanelas:

O médico fora do peso

Interessante esta matéria (leia a seguir) sobre o preconceito em relação à obesidade, que é acentuado quando o medico é quem está acima do peso.
Os pacientes esperam que os médicos sejam bem apresentados, com boa saúde e sem vícios. Entretanto, os médicos também estão "(...) sujeitos às mesmas doenças que o resto da sociedade [inclusive a obesidade]. Perder peso é um problema extremamente difícil, é um desafio (...)."
O médico fora do peso - por Márcia Wirth
Publicada em 02 de junho de 2014 no Correio Popular (Campinas - SP).
Pacientes olham com desdém – secretamente ou não tão secretamente – para médicos que estão com sobrepeso ou obesos…  Sinceramente, não foi com surpresa que li os resultados do estudo The effect of physicians' body weight on patient attitudes: implications for physician selection, trust and adherence to medical advice publicado no International Journal of Obesity. As conclusões pungentes do estudo estão repercutindo, pois o excesso de peso cria nesses casos um entrave na relação médico-paciente.  Até pouco tempo atrás, era fácil para os médicos imaginarem que uma vez que colocassem o jaleco branco, estariam investidos de autoridade e os pacientes certamente ouviriam suas recomendações.Há muito me interesso pelo tema preconceito contra a obesidade e suas cruéis implicações psicológicas e sociais. E assim como as pessoas com excesso de peso são estigmatizadas em uma variedade de configurações pessoais e profissionais, os médicos com excesso de peso, segundo o estudo, são vistos como menos credíveis do que os médicos de "peso normal". Além disso, os pacientes são menos propensos a seguirem seus conselhos médicos.
Mas este estudo diz que o jaleco branco não blinda mais o médico! Este profissional precisa modificar a sua maneira de se comunicar, assumir que tem problemas para emagrecer e controlar o próprio peso, para que os pacientes possam se comunicar com ele de maneira verdadeira.
Muitas vezes, é preciso dar um tom confessional à consulta para não passar uma mensagem hipócrita: "eu também luto para perder peso e sei que é muito difícil. Médicos são seres humanos. Estamos sujeitos às mesmas doenças que o resto da sociedade. Perder peso é um problema extremamente difícil, é um desafio".
O preconceito contra as pessoas com excesso de peso é tão socialmente arraigado, que apesar de todo médico (teoricamente) ser capaz de tratar a obesidade, poucos são os que conseguem manter um diálogo franco sobre o tema com seus pacientes.
Por outro lado, é preciso compreender que os pacientes classificam os médicos com mais rigor: "se ele é um profissional de saúde não deveria estar lutando contra o aumento de peso", esse é um pensamento muito comum de muito pacientes.
Toda essa situação delicada dentro do consultório, essa rusga na relação médico-paciente, os resultados do estudo, o preconceito contra o obeso só reforça uma convicção antiga: os médicos precisam usar sua influência social para liderar um movimento social que encare o preconceito em relação às pessoas que estão acima do peso.
Essa história de comer menos, se exercitar mais e fornecer uma dieta pronta para todos não está funcionando. O médico precisa se certificar de que os pacientes compreendem perfeitamente os diversos fatores que contribuem para o excesso de peso, incluindo genética, composição dos alimentos, saciedade, dentre outros.
É preciso mudar o tom da conversa sobre a perda de peso para que o comportamento social em relação ao obeso – seja ele médico ou paciente – mude também.
Márcia Wirth – Jornalistapalestrante, consultora especializada em Health Care. Está à frente da MW-Consultoria de Comunicação & Marketing em Saúde

terça-feira, 13 de maio de 2014

Food Revolution Day Campinas acontece 16 de maio


Food Revolution Day Campinas - Criado pelo chef de cozinha britânico Jamie Oliver, o Food Revolution Day (FRD) é um projeto de alcance mundial para que as pessoas, de todos os lugares, tomem conhecimento sobre o que é comida de verdade e habilidades culinárias essenciais. O objetivo é a conscientização sobre a importância da boa alimentação e melhorar a educação alimentar de todos, concentrando-se em três ações simples - COZINHAR, COMPARTILHAR e VIVENCIAR.

Quando acontece?
O Food Revolution Day acontecerá no dia 16 de maio de 2014.
Em Campinas o evento será realizado no Centro Cultural de Inclusão e Integração Social (antiga Estação Guanabara), localizado na Rua Mário Siqueira, 829, Bairro Botafogo.

Confira a programação e participe desta Revolução! #FRD2014

Para saber mais acesse:
Twitter: @ foodrevcampinas
             Instagram: @foodrevcampinas