quarta-feira, 4 de junho de 2014

Obesidade sem fronteiras

O aumento da obesidade é fenômeno bem conhecido nas últimas décadas, que avança principalmente em países pobres e em desenvolvimento. Apesar do ritmo de expansão da obesidade ter diminuído nos países desenvolvidos (e em alguns em desenvolvimento, como o Brasil), o avanço entre as crianças é alarmante.
Um estudo recente mostra que "a obesidade é um problema que atinge todo mundo, não importando qual é sua renda ou o lugar onde se vive", resume Christopher Murray, diretor do Instituto de Avaliação da Saúde da Universidade de Washington, que analisou dados sobre 188 países.  

Por muito tempo relegada aos países desenvolvidos, a epidemia de obesidade já atinge 2,1 bilhões de pessoas, quase 30% da população mundial - dos quais 62% estão nos países em desenvolvimento, segundo um estudo publicado na ultima semana (29/5).


Entre 1980 e 2013, a porcentagem de pessoas com sobrepeso ou obesidade passou de 28,8% para 36,9% nos homens e de 29,8% para 38% nas mulheres, segundo o estudo publicado na revista britânica The Lancet.

Prevalência de obesidade em homens a partir de 20 anos (2013)




Prevalência de obesidade em mulheres a partir de 20 anos (2013)


Mas o fenômeno ainda está longe de atingir os países da mesma forma: os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália são os campeões de obesidade entre as nações mais ricas do mundo: mais de 60% de seus habitantes maiores de 20 anos são obesos ou têm sobrepeso.


Nos países em desenvolvimento, se a obesidade continua uma condição excepcional em alguns países da África como Burkina Faso ou Chade, outras nações do Oriente Médio, América Latina ou Oceania já ultrapassaram os países ocidentais.

- Obesidade infantil em crescimento -


Não somente há mais pessoas em sobrepeso, como essa condição aparece cada vez mais cedo. Entre 1980 e 2013, o número de crianças ou adolescentes obesos ou em sobrepeso no mundo aumentou 50%.


A condição atinge atualmente 22% das meninas e 24% dos meninos nos países desenvolvidos, e cerca de 13% das crianças dos dois sexos nos países em desenvolvimento.


Veja o artigo original na Revista The Lancet.

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