ociedade Brasileira de Cardiologia
Agora tem procurado outros artifícios para recrutar novos
fumantes como peças de reposição, pois sabemos que metade irá morrer em
consequência do tabagismo. Uma das alternativas é o cigarro eletrônico. É muito
bonito e elegante, idealizado justamente para seduzir e iniciar a dependência
em jovens e adolescentes. O aparelho funciona à bateria e pode ser carregado em
tomadas ou até mesmo em computadores e tablets via USB. Tudo muito moderno e
chamativo.
O cigarro eletrônico simula o cigarro comum, gera fumaça
quando se traga, um vapor de água é produzido e um cartucho interno libera a
nicotina. Estudos têm mostrado a presença de metais pesados nos aparelhos, como
estanho e sílica, além de substâncias tóxicas encontradas em líquidos
anticongelamento. Assim, não existem estudos de segurança que permitam o
seu uso. O fumante estará inalando novas substâncias que não sabemos ser
mais aceleradoras de outros tipos de cânceres.
As campanhas atuais dos eletrônicos vendem a imagem de
liberdade, pois com as leis de restrição ao consumo do cigarro comum em
ambientes fechados, a proposta agora é a migração para o eletrônico.
A Anvisa proibiu sua comercialização e no Brasil é considerado
contrabando. Devemos entender que ele NÃO é recomendado
para tratamento de tabagismo, ou seja, utilizá-lo não significa que o
fumante trocará o cigarro comum e, após, suspenderá o tabagismo. Não temos
grandes estudos que comprovem isso.
O que a indústria do tabaco quer
é que o cigarro eletrônico entre no mercado como iniciação de
novos clientes. Eles usam o marketing poderoso pela visão da
liberdade, fumando em aviões, bares e boates, como meio de torná-los
dependentes e, finalmente, presos a uma doença de difícil tratamento.
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