Obesidade: muito além dos pneuzinhos. À direita, pessoa magra: pouca gordura (em amarelo) sob a pele. À esquerda, pessoa obesa: muita gordura também em torno dos órgãos abdominais e do coração. |
Na obesidade, a gordura se acumula também em tecidos gordurosos em torno dos órgãos (conhecido como gordura visceral), principalmente dentro do abdome. Pior do que isso: os próprios órgãos tornam-se gordurosos. Os órgãos mais afetados são o fígado, os músculos, o coração e o pâncreas.
Visão do abdome (corte transversal): a gordura aparece me amarelo. Algumas pessoas acumulam mais gordura subcutânea (à esquerda) e outras (principalmente os homens), mais gordura visceral (à direita). |
O problema é esses órgãos normalmente não tem a função de armazenar gordura, e passam a não funcionar direito.
O excesso de gordura visceral (entre os órgãos) e a gordura dentro dos órgãos faz com que se acumulem substâncias que prejudicam o funcionamento do organismo como um todo e que provocam uma inflamação crônica generalizada, que silenciosamente aumenta o risco de desenvolver diabetes, elevação das gorduras no sangue (colesterol e triglicérides), hipertensão arterial e aterosclerose (acúmulo de gordura e inflamação nas artérias), infarto, derrame cerebral e outros problemas cardiovasculares.
Sabe aquela carne marmorizada, tão suculenta? É o que acontece com os músculos na obesidade... |
O acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática) é muito semelhante ao que ocorre por conta do alcoolismo, causando uma inflamação crônica desse órgão que pode culminar até culminar na sua falência total (a temida cirrose do fígado).
Esse é o fígado gorduroso. Não, não fica parecendo uma picanha... É pior: a gordura fica infiltrada dentro de cada uma das células! |
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