sábado, 11 de maio de 2013

Dia das Mães - como elas marcam nossas vidas para sempre!

Os genes são metade do pai, mas algumas coisas transmitidas por nossas mães são sem igual: amor, carinho, devoção e... epigenética! Você já ouviu falar? Somos fruto da genética e do ambiente. E o ambiente é capaz de marcar os genes a ponto de mudar a forma como se expressam pelo resto da vida. Isso é a epigenética. A vida intra-uterina e o primeiro ano de vida são momentos propícios para marcar-nos para sempre! A amamentação tem destaque nesse processo: o leite materno é muito mais que um alimento balancedo ou um caldo de anticorpos. O aleitamento materno previne obesidade, diabetes e outras alterações metabólicas e auto-imunes pela infância afora e na vida adulta. Acredita-se que nutrientes, hormônios, fatores imunológicos, fragmentos de RNA e até células-tronco presentes no leite materno afetem a expressão genética, no longo prazo,em diversos órgãos, incluindo o intestino, o fígado, a gordura e o sistema imune. Muitos desses hormônios são fatores de crescimento (IGF-1) ou tem ação sobre a ingestão alimentar, o gasto energético e o tecido gorduroso (ghrelina, adiponectina, leptina). E o leite materno ainda exerce efeito sobre outro conjunto de células do bebê muito importante: as bactérias intestinais, que por sua vez produzem substâncias que poderiam intermediar os benefícios relativos à lactação.
Curiosamente, a lactação tem um profundo efeito sobre as mães também. Ao amamentar, as mães gastam até 700 calorias/dia, o que facilita o controle do peso. Mas não é só: a lactação protege contra o futuro desenvolvimento de diabetes e a síndrome metabólica (conjunto de disfunções que incluem excesso de peso e alterações do açúcar, das gorduras no sangue e da pressão arterial), além de reduzir o risco de câncer de mama.
OBRIGADO, MAMÃES - VOCÊS MARCARAM NOSSAS VIDAS PARA SEMPRE!

Por Marcelo Lima, endocrinologista do Centro de Endocrinologia Geloneze.

 

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